Hoje, 16 de novembro de 2012,
José Saramago estaria completando 90 anos. É o autor que está na lista dos meus
preferidos. Esta informação pessoal talvez não interesse a você amigo (a), mas
talvez lhe interesse os escritos deste que foi um crítico inabalável. Abaixo
segue uma pequena biografia, mas eu necessito escrever minhas próprias palavras
sobre Saramago. O primeiro livro dele pelo qual me apaixonei foi A viagem do
elefante, pois era uma leitura obrigatória, e onde nenhum dos meus amigos viu
beleza no livro, eu encontrei. Ler seus livros requer sensibilidade e muita
paciência, não é fácil. A marca registrada de Saramago são seus diálogos. Eles
não têm inicio nem fim certos, ao passo que cabe ao leitor empreender qual
personagem está falando e quando acaba sua fala. Seus parágrafos também parecem
não ter fim. Alguns duram mais de uma página. Pontuação também é quase
inexistente, no máximo uma vírgula aqui e um ponto lá longe. E estes, em sua
grande maioria são só para fazer com que o leitor não morra por asfixia. Mas
não desanime, pois o esforço é por uma boa causa, uma leitura de primeira!
José de Sousa Saramago (1922 -
2010) foi um escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e poeta português
galardoado com o Nobel da Literatura em 1988. Também ganhou o Prêmio Camões, o
mais importante prêmio literário da língua portuguesa. Nasceu na aldeia de Azinhaga, Portugal,
no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registro oficial mencione o dia 18. Publicou
o seu primeiro livro, o romance "Terra do Pecado", em 1947, tendo
estado depois sem publicar até 1966. Entre os livros de maior destaque estão o
Memorial do Convento e o Evangelho Segundo Jesus Cristo, onde este último lhe
garantiu o prêmio Nobel de literatura e a excomungação da igreja católica.
"Se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar." (Memorial do convento, 1982)
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