Oitavo filme de Tim Burton estrelado por Johnny Depp, "Sombras da Noite" estreia nesta sexta

Longa é inspirado em série fantástica de televisão dos anos 1960.

Oitavo filme de Tim Burton estrelado por Johnny Depp, "Sombras da Noite" estreia nesta sexta Warner/Divulgação
Depp, como um vampiro, contracenando com Eva Green, que vive uma bruxa




A parceria de Tim Burton e Johnny Depp já teve dias melhores – quando eles emendaram Edward Mãos de Tesoura e Ed Wood –, mas segue firme.

Sombras da Noite, que estréia hoje, é o oitavo longa em que Burton dirige Depp. Tem um visual inspirador, como sempre, e momentos divertidos. E não muito mais do que isso.

Burton resolveu fazer Sombras da Noite entre dois projetos ambiciosos, Alice no País das Maravilhas (2010) e o ainda inédito Frankenweenie, em parte devido à obsessão de Depp pela história, que foi criada por Dan Curtis para a tevê norte-americana no final dos anos 1960. Na trama fantástica que envolve vampirismo, magia negra e até um lobisomem, o astro é Barnabas (papel de Johnny Depp), um jovem que no século 18 rejeitou o amor da bruxa Angelique (Eva Green, deslumbrante) e acabou amaldiçoado por ela "para toda a eternidade".

Barnabas foi enterrado vivo e transformado em vampiro, para que seu sofrimento não acabasse com o fim de uma vida ordinária. Duzentos anos depois, precisamente em 1972, seu caixão é descoberto, ele retorna à mansão de sua família e conhece seus descendentes – entre outros, a matriarca Elizabeth (Michelle Pfeiffer, morna no papel), a jovem rebelde Carolyn (Chloë Moretz), o menino David (Gulliver McGrath) e a bela empregada Vicky (Bella Heathcote), espécie de reencarnação do grande amor de Barnabas, Josette (também interpretada por Bella), que morreu em decorrência da mesma maldição que atingiu o protagonista no longínquo ano de 1760.

A descoberta de "novidades tecnológicas" como o aparelho de televisão, por parte de Barnabas, rende sequências engraçadas, acrescentando humor à história de fantasia, suspense e terror a la Edgar Allan Poe. Há até uma sequência com um show de Alice Cooper – e as devidas piadas com a ambiguidade gênero sugerida pelo nome "Alice" –, o que dá à fruição uma leveza e um caráter despretensioso interessantes. Elas de certa forma maquiam a irregularidade do roteiro e a inconsistência dramática de Sombras da Noite, fazendo o filme valer menos como uma fábula que tem algo a dizer e mais como um programa divertido para ser aproveitado pelo público sem maiores ambições.


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