[Resenha] A Vampira - Jane Austen




Quem imaginaria que Jane Austen estaria viva e gastando seus dias como uma pacata dona de livraria e... Vampira? Para os leitores mais conservadores - assim como eu - a proposta do escritor Michael Thomas Ford é um sacrilégio! Mas se querem um conselho? Deem um voto de confiança ao livro. Ford teve o cuidado de não mexer nas obras de Jane e também de não mudar muitas coisas sobre o seu passado, depois do fatídico dia em que foi mordida por ninguém mais, ninguém menos que o mais famoso romancista: Lord Byron!

A autora de Orgulho e Preconceito apaixona-se pelo boêmio Byron e este romance lhe trás consequências amargas até os dias atuais, quando é obrigada a ver seus livros sendo adaptados a torto e a direito sem poder reclamar, na segurança do anonimato. O livro tem suspense, romance, intrigas e até uma cômica cena de briga. Como vampira, Jane não é o que podemos chamar de "aterrorizante", Ford pode ter lhe concedido o título de vampira mais para puxar o lado da imortalidade.

O desfecho da história não é surpreendente, depois de algumas surpresas e discussões o final é do jeito que você imagina que vá terminar. O que vale mesmo é a proposta que o livro oferece, entreter e colocar um ponto de interrogação sobre como os escritores famosos de séculos passados levariam a vida se fossem vamps? Neste caso, Jane nem precisaria ser vampira, seus livros já lhe concedem o título de imortal. É literatura juvenil mas não tem restrições, indicado a todos.

"'quero morrer', Jane se queixou para Tom. 'Quero dizer, morrer de não morrer. Não. Não ser mais uma morta-viva. Ah, não sei o que eu quero.'
Agarrando os lençóis com as mãos, Jane começou a chorar."


Ford, Michael Thomas, 2010. Jane Austen, a vampira. São Paulo: Lua de Papel

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