Sinopse:
Cartas anônimas começam a chegar à caixa de correio da menina Sofia. Elas trazem perguntas sobre a existência e o entendimento da realidade. Por meio de um thriller emocionante, Gaarder conta a história da filosofia, dos pré-socráticos aos pós-modernos, de maneira acessível a todas as idades.
Resenha:
O mundo de Sofia, livro do escritor Jostein Gaarder é um mistério sem fim, assim como a vida. A linguagem usada é acessível a todos e os personagens principais são poucos, o que permite a um leitor que começa sua vida literária agora se familiarizar bem rápido com os personagens. Esta foi uma ótima estratégia do autor, já que a quantidade de filósofos e suas respectivas teorias presentes no livro são tantas que a leitura ficaria muito cansativa, mais do que já é. Jostein faz uma viagem pela história da humanidade, chegando até os pensadores contemporâneos.
O livro que é uma roleta russa, uma viagem de altos e baixos, tem como personagens principais Alberto, professor no curso de filosofia, Sofia, sua aluna, Joruun, melhor amiga de Sofia, o major, que comanda tudo e Hilde, filha do major e a misteriosa. As explicações algumas vezes ficam confusas e os exemplos dados por Alberto, por vezes não são suficientes para esclarecer a teoria que está sendo apresentada. Além de que são muitas teorias e muitos os filósofos citados, ao final do livro, quem começou decorando muito bem todos os nomes já não se lembra qual teórico disse isto, qual disse aquilo. Um ponto que achei fraco foi justamente Alberto dar todas as aulas para uma garota que ainda vai completar 14 anos e ela entende tudo na mesma hora, ao passo que nas últimas páginas Sofia já está quase graduada em história da filosofia. Quer dizer, eu com 14 anos não tinha o mesmo rendimento, talvez seja só eu, mas enfim...
Indicado para quem gosta muito (mas MUITO!) de filosofia, ou quem tem curiosidade sobre a vida, o universo e tudo o mais. O final poderia ter sido diferente, mas o que esperar de um livro com diálogos fracos? Acho que o autor se saiu até muito bem na sua empreitada. Não há dúvidas sobre o quão inteligente é Jostein Gaarder, e esta sabedoria poderia ter sido melhor explorada para atrair aqueles que assim como eu, precisam entender filosofia mas é o mesmo que um burro olhando para um castelo (ditado da minha avó), ou seja: não entende nada!
É isso ai galera, beijos!